No ar em Verão 90 como a espevitada Lidiane, a atriz, que também brilha nos nossos domingos como jurada do Show dos Famosos, se divide em mil e, entre suas muitas facetas, uma lhe dá imenso prazer: a de mãe.
Nos bastidores do Domingão, do qual participou em pleno Dia das Mães, ela bateu um papo com o Gshow sobre maternidade e empoderamento feminino.
Claudia conta que, quando era mais nova, não sonhava em ser mãe e que este desejo veio junto com a maturidade.
“Quando era jovenzinha, não era aquela menina que ficava brincando de boneca e tinha três filhos e não sei o quê. Acho que a maternidade veio com a minha maturidade. Engravidei do Enzo quando tinha vinte e nove anos e tive ele com trinta, e a Sophia eu tive com trinta e seis, mais madura”, explica.
Após o desejo de ser mãe chegou, no entanto, ela abraçou não só seus filhos de sangue, mas também as que teve na ficção.
“A dramaturgia me colocava no encontro dessas meninas que, por pura afinidade, viraram minhas filhas. Mariana Ximenes, Paolla Oliveira, Fernandinha Souza, Marcella Rica e, agora, a Isabelinha Drummond, que veio como o presentinho de 2019”.
“Acho que essa vontade veio tão forte em mim que, não só tenho meus filhos da barriga, que são a luz da minha vida, como a própria profissão foi me dando filhas.”
Com uma rotina atribulada, sempre se dividindo entre muitos trabalhos, a triz conta que se desdobra para estar presente com os filhos.
“Eles sempre entenderam, mas sempre reclamaram um pouquinho. Eu também já fiz coisas inacreditáveis para estar com eles, como cancelar espetáculos. Quando ia fazer a temporada e já sabia que a Sophia dançaria, tentava negociar com o teatro, já paguei multa e tudo para poder estar presente”, diz.
Aos cinquenta e dois anos e casada há seis meses com o ator Jarbas Homem de Mello, ela conta que congelou seus óvulos, para o caso de decidir ter mais filhos.
“Acho que é muito cruel para a mulher essa constatação de ter encerrado as chances de ser mãe. Não acredito nessa história da idade, sou uma defensora dessa mulher 50+ que acho que é a antiga mulher dos 30. É uma mulher que está totalmente empoderada, está com poder de compra, porque já tem dinheiro e a vida dela organizada, com os filhos criados. Então é uma mulher que tem liberdade de escolha”, opina. “Pensar em mais filhos, a gente pensa. Só não sabemos se vamos fazer!”
Mesmo sem uma decisão tomada sobre o assunto, a atriz prefere ter a oportunidade de escolha, independentemente da idade. “Essa coisa de você parar de ser fértil aos 45 anos, eu acho uma crueldade, porque você simplesmente limita a mulher de ter a maior emoção da vida dela.
E, atualmente, tem mulheres jovens que não querem ser mães no momento, querem se estabelecer profissionalmente para depois curtir. Então acho que a coisa de congelar os óvulos é uma grande sacada”.
Claudia aproveita para deixar uma mensagem para todas as mulheres: “Nós somos mulheres e mulheres podem tudo! Têm que ser homenageadas, têm que ser aplaudidas. Parabéns a todas, as que são mães e as que não querem ser, pois aí é que está o empoderamento feminino, no seu poder de escolha”.