Ricardo Kotscho, colunista do UOL diz que Presidente Bolsonaro é um estorvo, não manda mais no Brasil!
O que fazer com o Presidente? Uma pergunta que ecoa sem ninguém conseguir responder entre os militares do Planalto ao Supremo Tribunal Federal e Congresso de Governadores.
Quem ainda tinha dúvida que ele não podia mais governar o país, agora já não resta mais dúvidas, após a ridícula micareta golpista de domingo, em frente ao Quartel General do Exército. Bolsonaro se transformou em mero estorvo, não governa mais nada.
Hoje, sequer deu aquela tradicional parada no portão do Palácio da Alvorada, se fazendo notar pelo povo que ainda é o Presidente.
O que melhor retrata o fim de seu mandato foram duas fotos que a família postou no final de semana.
Na primeira foto, o Presidente aparece ao lado do estado-maior, 01, 02 e 03, comendo milho em uma mesa sem quaisquer cuidados com contatos e contágios, antes de ir para o QG do Exército, se juntando a manifestação de seus seguidores, onde pediam intervenção militar, a volta do AI-5 e que fosse fechado o Congresso e o STF, onde as faixas eram idênticas, criadas de um mesmo lugar, onde será investigado. Em um discurso de menos de 2 minutos, sem qualquer sentido, foi interrompido por uma crise de tosse.
A outra foto, depois do ocorrido, o Presidente está no sofá do Palácio, usando camiseta, shorts e chinelos vendo na TV uma live do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB). O ex-parlamentar foi o único a defender Bolsonaro, após quase 16 meses de mandato.
Logo à noite, seu filho Carluxo postou um vídeo de um grupo de apoiadores do Presidente, disparando tiros e gritando “Mito”.
Hoje, na posse do novo Ministro da Saúde, o médico Nelson Teich, Bolsonaro sabe dos riscos que está correndo ao reabrir os comércios, antes mesmo de controlar o contágio. Sim, e nós?
Somente pensando em garantir sua sobrevivência no cargo, mais poderoso, se possível, Bolsonaro expõe em risco mais de 218 milhões de brasileiros.
O mundo todo já sabe os riscos que corremos com o bolsonarismo, com uma certeza de um caos maior para a saúde pública. Só falta agora pedir ajuda aos quartéis, com a certeza de matar o vírus à bala.
Via: noticias.uol.com.br